A estética facial é uma combinação entre o equilíbrio e a harmonia da face e de suas ações. Esse conjunto determina a personalidade e a aparência de uma pessoa, além de permitir uma melhor qualidade de vida.
O que pode prejudicar a estética facial?
Os traumatismos e as deformidades faciais podem alterar esta harmonia. Fratura dos ossos da face, ausência de dentes ou dentes retidos, lesões tumorais, alterações congênitas (queixo grande ou pequeno) são exemplos de problemas que podem quebrar este equilíbrio facial, alterando a identidade pessoal de cada um. Para corrigir tudo isto existe o profissional especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, realizando procedimentos cirúrgicos em toda cavidade bucal e em várias áreas da face. Uma especialidade odontológica registrada e reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia.
É possível corrigir problemas que afetam a estética facial?
A cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial são uma alternativa que traz grandes benefícios para os pacientes que são indicados a ela, pois, além de proporcionar o restabelecimento da função mastigatória, da fonética, da respiração e da estética facial, eleva também a autoestima dos pacientes que muitas vezes se sentem inferiorizados mediante o conceito comum de beleza e saúde bucal. Na maioria dos casos a recuperação é rápida, levando em consideração os cuidados do paciente com a sua higiene bucal, além do acompanhamento sistemático pelo profissional durante todas as faces do processo. Não faz muito tempo que a reabilitação dos dentes perdidos ficava restritos a procedimentos de próteses dentárias totais “dentadura” ou outros tipos de reabilitações parciais. A busca de inovações técnicas e o aperfeiçoamento no campo da odontologia sofreram profundas revoluções levando aos pacientes, maiores expectativas no sentido de ganho de qualidade de vida funcional “mastigatório” e estético.
Como é o tratamento?
Com o avanço da implantodontia nas duas últimas décadas, um novo sentido de terapêutica protético- cirúrgica iniciou-se, sendo pouco frequente nos dias atuais, um clínico que não atue com implantes ou que não tenha conhecimento para indicar sua utilização. A literatura é vasta quando o assunto é reabilitação com implantes, sendo que sua aplicação clínica apresenta grande sucesso não apenas na área convencional “intra-oral”, sendo utilizado até mesmo na fixação de próteses extra- bucais (pacientes com perdas faciais ontológicas, restauração de anatomia congênita ausente “fissurados palatinos”, ancoragem ortodôntica entre diversas outras finalidades). Atualmente, o cirurgião- dentista tem muitas opções de marcas e sistemas de implantes no mercado odontológico para sua utilização, sendo que apenas nos EUA existiam em meados de 1994, cerca de 50 sistemas com aprovação da FDA, sendo que esse número supera os 200 no mundo todo. A escolha das marcas e sistemas de implantes dependem da melhor afinidade e adaptação do profissional, sendo que não é o objetivo deste artigo discutir uma ou outra marca no mercado. No que diz respeito ao tratamento, deve-se ter a idéia que podemos dividi-las em duas fases propriamente ditas:
1) Fase cirúrgica (onde é realizada a confecção do sítio receptor do implante e sua instalação, com período de cicatrização variável para mandíbula e maxila, respectivamente 3 a 4 meses, 5 a 6 meses).
2) Fase protética (onde é realizada a confecção de prótese sobre o implante instalado, que pode variar em até 30 dias quando seguidos as fases laboratoriais, podendo reduzir esse período de acordo com cada profissional).
Existe também a opção de implantes de carga imediata onde é confeccionada a prótese em até 24 horas após a cirurgia, podendo variar em 72 horas quando instalados de 2 a mais implantes. Os critérios de indicação de implante com carga imediata dependerá da avaliação individual do profissional. Consulta ao cirurgião- dentista é necessária para a realização de pedidos de exames de imagem aliados ao exame físico e complementares de rotina cirúrgica, para então determinar a indicação dos implantes. Muitas vezes pode ser necessária a utilização de enxertos ósseos pela deficiência de altura ou espessura no local onde outrora existia um elemento dentário. Com base nessas informações, procurei demonstrar alguns tópicos de interesse na utilização do implante como método de reabilitação estética-funcional alternativo as próteses convencionais “dentaduras”.